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quinta-feira, 8 de julho de 2010

USURPAÇÃO DE CULTURAS

Quero levantar uma questão meio controversa e que nos acompanha no nosso dia a dia. Ou seja, a usurpação de nossa cultura, de nossa língua, nosso idioma e nossas culturas naturais. Falo da obrigação que temos em saber outros idiomas, como inglês, espanhol, etc. Por que isso? Será que as pessoas destes países, onde se fala estas línguas, se preocupam em falar e aprender português? Porque temos que saber falar inglês quando um americano vem ao Brasil e porque nós também temos que saber inglês quando viajamos para outros países?
Você sabia que quando se está na França, se você falar francês com sotaque de outros países, como um sotaque latino ou americanizado, tem até garçom que nem te atende, deixa você sozinho na mesa de um restaurante, café, etc.?
Em nosso comércio é cada vez mais comum nomes de lojas em inglês. Em muitos casos com regras completamente erradas, como no caso dos nomes com apóstrofo e esse. Tipo: “Sanduba”s”. Sendo um nome de lanchonete, leva-se a crer que a lanchonete é de propriedade de alguém chamado “Sanduba”, pois o “’s” é uma designação, em inglês, para posse. Como vemos em alguns filmes, na fachada de algum bar: “John’s Bar”, ou seja, “Bar do John”.
De qualquer forma, porque não colocar como em minha cidade que tem um “Bar do Mané”? Já pensou que ridículo e feio seria um tal de “Mané’s Bar”?
É notado uma cada vez maior assimilação de valores da cultura norte americana. Como os famigerados rodeios, cowboys, e toda esta cultura naturalmente americana e imposta por novelas, programas de TV de péssima qualidade, jabás nas rádios, etc. Quem não sabe que Latino, Kellie Key e esta febre inútil de Funk Fuleira do Rio de Janeiro, só fazem sucesso porque os empresários pagam para as rádios empurrarem ouvido à dentro estes lixos sonoros que estas mentes produzem?
Mas acho importante as pessoas não se prenderem como estão a coisas vindas de países como os EUA. Não sou nacionalista, nem acredito em ideais como nacionalismo, patriotismo, etc., mas temos nossa própria língua, nossos próprios valores, folclore, e tudo mais. Veja as festas de halloweenn... Isso é festa nos Estados Unidos. Veja se eles se preocupam em festejar São João, carnaval e estas coisas. O que vemos são brasileiros que vão pagar pau nos outros países, com a desculpa de estarem procurando melhores empregos e condições de vida, que ficam tentando levar a nossa cultura pra lá e o máximo que conseguem são atenção nos jornais daqui mesmo, ou matérias em alguns jornais de lá, como figuras exóticas que invadiram os lugares de lá e tiraram a normalidade do lugar.
Todos sabem de como os brasileiros estão sendo tratados nos Estados Unidos, como possíveis terroristas em potencial. Isso é ridículo!!! Tratamos os americanos a pão-de-ló e o que levamos de troco é isso?
Atualmente ninguém joga um jogo ou é jogador. Atualmente se joga um game e quem joga é gamer. Ninguém anda de bicicleta e é ciclista, anda-se de bike e é biker. Não se joga futebol de salão, é futsal.
Isso não é papo de velho ranzinza, não. Não é papo de falso moralista. Minha banda até tem o nome de StomachalCorrosion, e temos letras em inglês. Mas falo de coisas que não há necessidade de se implantar outra língua, sendo que o próprio português fica muito bem. Tem gente que não sabe nem falar português direito e vai se meter a falar e escrever inglês.
Não podemos nos esquecer que desde a Segunda guerra mundial que os EUA vêem em uma busca desenfreada para dominação do planeta. Notem o que fizeram no Iraque. Se estava ruim com a ditadura de Saddan Husain, o que dirá agora que quando morre pouco por dia morrem trinta pessoas. E alguém aí acredita que o senhor Bush vai conseguir parar os ataques suicidas, os carros-bomba, os homens e mulheres-bomba, os terroristas, e tudo isso? Se acredita, pode pedir seu presente pro Papai Noel e esperar o Coelhinho da Páscoa.
Bem, gostaria que ao menos eu tenha conseguido fazer com que você abra os olhos pra toda cultura de usurpação de culturas que nos é imposta no dia a dia e que muita gente nem percebe.

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