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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Nephastus


 No final da década de 1980 o Metal ainda era um estilo musico ideológico caminhando os primeiros passos no Brasil e América Latina. Bandas que se tornaram com o tempo ícones nacionais e até mundiais iniciavam suas carreiras, lançavam seus primeiros discos e despontavam para o cenário metálico aos trancos e barrancos. 
 Toda dificuldade era latente em todo país, devido à falta de recursos para adquirirem equipamentos de ponta, que na maioria era importado, uma vez que as fábricas brasileiras também sofriam com um mercado sem apoios e insumos. 
 No Nordeste do Brasil as coisas eram ainda mais complicadas, pois os polos industriais mais potentes estavam nos eixo RJ, SP e MG. Mesmo assim algumas bandas guerreiras e seus membros batalhadores de vanguarda empunhavam com vigor a bandeira do Heavy Metal, num cenário extremamente underground. 
Foi nesse meio que surgiu uma das pioneiras do estilo na região, a banda Nephastus. Apoiados por amigos, também corajosos desbravadores, que editavam os lendários, saudosos e, hoje extremamente raros, fanzines a banda lançou duas Demo Tapes, "Your Inside In Flame" e "Depressive Dementia".
 Em 19 de março de 1988 tocaram junto com o Sepultura, na cidade de Campina Grande-PB, sendo esse o segundo show do recém integrado Andreas Kisser, à banda mineira.

Em 1990 seu primeiro LP, Tortuous Ways.  O LP fora originalmente lançado pela gravadora Whiplash Records, do batalhador Luziano, em Natal-RN.

Dentre tantos shows realizados, o auge da Nephastus foi abrir para a banda alemã Kreator, em Recife-Pe, no dia 18 de abril de 1992, no Clube Náutico Capibaribe. 
Desde o seu fim, em 1994, quando realizaram seu derradeiro show na cidade de Fortaleza-Ce, no extinto Excelência Bar em 13 de agosto do mesmo ano, que os fãs e amigos esperam por sua volta.
Particularmente, tenho grande orgulho em ter sido, por alguns anos, o quinto membro da Nephastus. Justamente por ser o autor da capa do LP, e agora deste CD. Além de ter sido o correspondente, respondedor de todas as entrevistas enviadas pelos diversos fanzines, revistas e demais meios de comunicação na época. Também fui roadie da banda em alguns shows, inclusive no show junto aos alemães da Kreator. Fiz parte das reuniões internas e tinha voz ativa para opinar e sugerir ideias para o bem da banda. Por tudo isso, tenho liberdade para dizer das dificuldades que todos enfrentamos naqueles tempos. Mas mesmo assim, sentir orgulho de cada dia vivido. E como dizíamos: NEPHASTUS RULES!

Acima ingresso manufaturado por Aluízio, ex guitarrista da Nephastus, para um exibição em sua própria casa do video "Estão Sentindo Cheiro de Queimado?"
http://www.youtube.com/watch?v=xpdm9MhtHvE




















Em 2014 a gravadora Rising Records lança a versão em CD de Tortuous Ways.





https://myspace.com/nephastusband
http://www.youtube.com/watch?v=0zPPSJffe9Y

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Reza a lenda


Há histórias que chegam a nós em varias situações de nossas vidas. Seja em rodas de conversas, lendo revistas, sites, etc. Com o tempo nos perguntamos se eram verdade ou não passaram de boatos e viram lendas nas nossas cabeças. No campo da música há tantas dessas lendas, que tem hora que nos passamos até por mentirosos quando contamos algo e alguém busca informações na internet e não acha. Essas buscas por veracidade nos sites nem sempre é o mais confiável. Há muitas informações que se perderam em fitas de vídeo VHS, em fitas cassete e em revistas lançadas há décadas.

Lembro quando o Metallica lançou And Justice For All..., em 25 de agosto de 1988. Quando ouvimos a música One, todos meus amigos notaram uma diferença na forma de compor as linhas de bateria de Lars Urich, e surgiu uma história em algumas revistas da época de que Lars estava tendo aulas com o baterista da banda canadense Rush Neil Peart. E de presente ao ilustre aluno, Peart escreveu em partitura as linhas de bateria que Lars deveria seguir em One.

Uma das histórias mais bizarras no mundo da música envolve o guitarrista da banda Rolling Stones, Keith Richards. Reza a lenda de que ele chegou a cheirar um pouco das cinzas de seu próprio pai que fora cremado. Após o ocorrido, Keith haveria jogado o resto das cinzas de seu genitor ao mar.

No Brasil uma das mentiras mais cabeludas envolve a banda Secos & Molhados e a americana KISS. Segundo membros da banda brasileira, suas maquiagens serviram de inspiração para idealização da imagem da banda americana. O que não passa de pura e descabida invenção. Uma vez que os empresários da banda KISS não tinham condições financeiras pra viajarem ao México para aventurarem assistir à uma única apresentação dos Secos & Molhados, a KISS era sua última investida no ramo da música, após alguns contratos mal sucedidos. E um detalhe que os músicos brasileiros não se atentaram é que na década de 1970 as informações eram precárias. A própria KISS, com toda sua campanha de marketing, que chegou a ofuscar até as campanhas dos Beatles em investimentos e alcance, só foram chegar ao Brasil em meados dos anos 70. E só chegaram a ser capa de uma revista brasileira em 1976. Portanto a apresentação que a Secos & Molhados fez numa cidade do México não surtiu o menos efeito no mundo da música de Nova York.
Maiores informações sobre esse assunto em: http://charliecurcio.blogspot.com.br/2009/08/meus-textos-minhas-ideias.html

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O poder de uma palavra

Quem dera uma boa parte das pessoas aprendessem o sentido da palavra Respeito. Quem dera boa parte da população mundial entendesse o valor desse sentimento. Saber entender as diferenças existentes justamente nessa humanidade é um passo muito importante para viver melhor consigo mesmo e consequentemente com os demais. Respeitar é saber os próprios limites e não se aborrecer ou estressar quando algo não está conforme os seus pensamentos e parâmetros pessoais, pois cada pessoa recebeu uma forma de criação familiar, social e assim seu universo pessoal foi se formando, cada um à sua maneira individual.
O individual, eis mais um detalhe a se destacar. Mesmo na coletividade, cada indivíduo pensa por si, sozinho. Toma suas decisões mediante suas necessidades e anseios, indiferente das outras pessoas que o rodeiam. É como um jogo de futebol, só para exemplificar. Um jogador faz parte de um time, de um coletivo, mas suas jogadas são ditadas por ele, mesmo que siga um esquema tático pré-determinado pelo treinador.

A diversidade existente na humanidade é tamanha que há momentos em que não parecemos uma espécie apenas, mas um universo de possibilidades e opções de se ser. E essa individualidade, essa opção pessoal é única. Sendo assim, respeitar a maneira de ser do outro, é plantar uma semente para que colha o respeito alheio para si mesmo, afinal, quem desrespeita, planta desrespeito e colherá o mesmo fruto.
As pessoas que sabem administrar as diferenças das outras pessoas mediante as suas próprias vive muito melhor, é mais paciente e consegue conviver melhor no contexto social. É quem pensa que mesmo que o outro não siga os mesmos pensamentos, gostos e caminhos, o que importa é que sejamos todos felizes como somos e queremos ser.
Bem, espero que você que leu esse texto, mesmo que discorde de algo aqui escrito, ao menos saiba respeitar o ponto de vista aqui posto em pauta.

Fim de ano, ano novo



O que podemos mudar em nossas vidas em um ano? Se pararmos para refletir nesse período, e começarmos a enumerar, notaremos que fazemos tantas coisas e vamos a tantos lugares, que se compararmos com ano anterior, parecerá que estamos vivendo outra vida.
Sim, esse pensamento não cabe a todos, sei disso. Há pessoas que seguem suas rotinas infindáveis, e mesmo assim se sentem bem e acomodados. Mas há os que buscam sempre novos caminhos, novos horizontes, novas parcerias e novos rumos às suas vidas.
E essa é a época do ano em que muitas pessoas param para analisar sobre esses detalhes da vida cotidiana. Para uns a mudança constante é sua maior rotina, pois pensam que a vida passa, os momentos são únicos, as oportunidades não voltam e a vida deve ser vivida como uma grande aventura.

Mas é necessário esperar pela virada de ano para assim implantar mudanças? A data é comemorativa e festiva, mas a vida é de cada um, as esperanças por dias melhores são anseios de cada individuo. É como diz o ditado: cada um sabe onde o cinto lhe aperta. Portanto, o momento é já. É chegada a hora de encerrar círculos viciosos, amizades negativas e buscar o bem viver, aproveitar cada momento, pois eles são sim únicos, e as boas recordações são sempre as melhores.