A Revista BIZZ lançou uma edição com as 100 maiores capas de discos da história. Isso na opinião deles, pois vi muita porcaria e muita coisa que não influenciou em nada a história do Rock and Roll. Tem muita capa feia, sem graça e outras sem a menos expressão. Então resolvi colocar minha opinião á vista. Colocar num papel as 100 capas dos 100 discos que ao humilde ponto de vista realmente tiveram algum impacto para o meio em que convivo e curto. Nada de estilos elitistas, nada daqueles discos que muita gente só diz gostar porque o cantor era muito louco, falava um monte de coisas que ninguém nunca entendeu e vivem criando mensagens subliminares nas letras sem sentido. Uma coleção de discos que vá desde os primeiros a gerar uma identidade em minha geração até os expoentes da música extrema. Algo pra fanzines mesmo, e não pra revistas tendenciosas e modistas. Procurei fazer comentários os mais completos possíveis, dentro de minha limitação de conhecimento.
Vamos lá...
1 – KISS – Creatures Of The Night
Sem dúvida o disco que mais influenciou a cena Rock no Brasil na década de 80. Com os shows do KISS em 1983 no Brasil o país foi de uma vez incluído no roteiro de grandes turnês de grandes bandas mundiais. Já haviam vindo ALICE COOPER, QUEEN e GENESIS, assim como o FRANK SINATRA e PAUL MCARTINEY, mas com o KISS foi que as agências tomaram gosto pela coisa e foram aprendendo como fazer festivais como o futuro Rock In Rio em 1985. Neste evento foi despejada uma grande quantidade de material promocional, propaganda da vinda da banda tinha em todo lugar: televisão, rádio, jornais, revistas, e até naquelas placas nas laterais dos estádios de futebol. Todo mundo queria beber na fonte desta nova mídia que começava a despontar no Brasil. E falando sobre o disco em si, não há como negar o impacto tremendo da música “I Love It Lound” como num todo no país. Esta canção mudou os rumos da música feita no país. Mudou a postura dos jovens da época. O disco mostra uma banda forte, com canções bem estruturadas, pesadas, é o disco mais Heavy Metal da banda até então. Foi o último da fase clássica com as famosas maquiagens, e o show no Morumbi foi o último desta fase, pois no final de 1983 os quatro aparecem de cara limpa e uma postura que seria o ponto falho na história da banda.
2 – NAPALM DEATH – Scum
O que acontecia no submundo da Europa e Estados Unidos tomou o mundo de assalto. Uma chuva de pedras nas mentes dos desavisados. Violência sonora aliada à postura desleixada do Punk de compor, tocar, agir e se mostrar. As músicas rápidas, extremas, curtinhas deste disco mostraram pra muita gente que ainda havia o que criar dentro dos contexto simplista do Hard Core/ Punk. As letras ácidas e críticas unidas à capa mais explicita ainda formam um conjunto que foi e ainda é modelo para muitas capas no mundo inteiro para bandas “filhas” desta época. Não posso deixar de figurar a interpretação errada que este estilo novo, o Grind Core teve para algumas bandas aqui no Brasil. Foi criando um tal de Satanic Grind Core. E olhe que tinham boas bandas no estilo, se tratando da parte musical, como a banda baiana CHEMICAL DEATH, a NECROBUTCHER, e tantas outras. Voltando ao Scum, é verdade que o NAPALM DEATH não foi o primeiro a produzir a massa sonora e destrutiva chamada Grind Core, outros nomes já o praticavam mesmo antes dos ingleses se juntarem para as primeiros ensaios. Vasculhando aqui e ali pude descobrir gravações bem mais antigas de bandas como RAPT, da França, e os próprios membros do NAPALM DEATH assumem influência do EP chamado Drop Dead, da banda SIEGE, que lançou apenas este disquinho e fez um tremendo estrago no mundo na música estrema mundial. De qualquer forma não podemos tirar os méritos do N.D. e seu disco de estréia , pois com ele a banda deixou de vez seus primeiros dias de mais uma banda Punk Rock para se tornar os maiores de um estilo que repudia os maiores e prestigia a igualdade, a crítica, a dúvida, a ofensa, o pessimismo, a politização...
3 – MORBID ANGEL – Altars Of Madness
O mal toma forma em forma de vinil em 12 polegadas. Este disco foi o marco divisório no Death Metal mundial. Antes tudo era na linha dos precursores POSSESSED, DEATH, MASSACRE, DESTRUCTION, VENOM, CELTIC FROST, HELLHAMMER, BATHORY, etc... Com Altars Of Madnes o estilo passou a ser realmente veloz, malévolo, foram incluídas passagens de orações profanas e negras. Com ele o MORBID ANGEL se torna grande, o maior nome do estilo até hoje, logo no primeiro disco, e tomam o mundo em turnês de puro ódio, maldade e profanações. Este é um disco que influenciou todas as bandas Death Metal desde então, daí surgiram CANNIBAL CORPSE, SUFFOCATION, DEMOLITION HAMMER, ASPHIX, MALEVOLENT CREATION, e mais uma infinidade de bandas que incorporavam às suas linhas de guitarras as oitavadas características das guitarras de Trey Azagtoth e Richard Brunelle, como que gritos desesperados de almas agonizantes nos mais profundos infernos. Tudo em Altars Of Madness é inovador, desde a capa que lançava para o mundo a arte doentia e maravilhosamente doentia e tétrica de Dan Seagrave, quanto a sonoridade dos instrumentos, os vocais animalescos de Vinnie Vicent. Realmente um marco.
4 - IRON MAIDEN – Live After Death
Um show perfeito! Poderia deixar só nisso e o comentário deste disco já estaria completo, pois é isso o que este disco é. Retirado de um show em Los Angeles da turnê do clássico Porwerslave, este show mostra uma banda coesa, com uma performance calcada em um show de Heavy Metal realmente e não na correria desenfreada em que a banda se transformou com a entrada do Janick Gers. A capa do disco é um espetáculo à parte, uma obra de arte do gênio Derek Wigs. Este disco mostra uma banda em uma época em que não deveriam ter nenhum problema ou dificuldade em montar os set lists para os shows pois todas as músicas eram clássicos absolutos, e o que é apresentado neste show não é diferente. Músicas antigas em meio às novas recentemente lançadas no Powerslave apresentadas com uma competência e profissionalismo que os fizeram grandes no mundo inteiro. Sem dúvida o melhor vídeo de um show de Heavy Metal de todos os tempos. Bruce Dickinson demonstra total controle no posto de vocalista, já era o front man da banda em definitivo. Os efeitos visuais do palco são mais um espetáculo. E quando tocam “Rime Of The Ancient Mariner” é o ponto máximo do show, com todo aquele clima formado com a fumaça, o jogo de luzes que desce até bem perto das cabeças dos músicos, e a reprodução na íntegra dos rangidos do velho barco que ilustra a canção no disco original gravado em estúdio. Podemos interpretar Live After Death como o marco final da época clássica da banda, uma vez que o que veio depois não teve o peso que os anteriores. Somewhere In Time é um bom disco, mas como comparar a um Piece Of Mind, ou The Number Of The Beast? Se Powerslave é para muita gente o melhor disco do IRON MAIDEN, Live After Death é a consolidação definitiva e com chave de ouro disso.
5 – POSSESSED – Seven Churchs
O que dizer de um disco que dele saiu o título de um estilo musical. O que mais dizer de um disco que logo ao ser lançado já arrebatou legiões de fãs por todo o mundo? Seven Churches já nasceu clássico, já nasceu fadado a ser lembrado por muita gente para todo o sempre como uma referência dentro do estilo que nascia naquela época do início dos anos 1990, o Death Metal. 10 entre 10 bandas do estilo tem este disco como referência, influência e melhor disco do estilo. O POSSESSED ainda lançaria mais um LP “Behiond The Gates” e um EP 7” “Eyes Of Horror”, ambos excelentes, mas nenhum com a reponsa de Seven Churches. Mesmo sendo classificado como Death Metal Primitivo”, é incontestável a técnica e violência das canções ali apresentadas. Solos doentios, bases marcantes e uma introdução que se encaixou perfeitamente à linha do disco. E o que falar da introdução da música “Death Metal”, com aqueles sinos acompanhando a base inicial do som? Do POSSESSED saiu Larry Lalonde que integra hoje o PRIMUS, uma banda estranha que faz música pra poucos, não desmerecendo a sua qualidade singular. O vocalista e também baixista, Jeff Becerra hoje se locomove através de cadeira de rodas, mas continua ativo em termos de banda e som. Mas por mais que façam, nada será capaz de ofuscar o brilho sombrio de seu primeiro filho bastardo, chamado Seven Churches.
6 – NUCLEAR ASSAULT – Game Over
Hard Core? Thrash Metal? Crossover? Fast? Louco? Alucinado? Ótimo? Sim, tudo isso e muito mais é o que é este primeiro disco desta banda americana que junto com ANTHRAX e D.R.I. impulsionaram para o mundo a junção do Hard Core e o Thrash Metal. Um disco que você escuta todos os dias e não se cansa. Game Over mostra uma banda iniciante mas já com muita segurança no caminho que traçaria, com um estilo definido e único. Muita gente tentou ser igual, ter aquela pegada, aquela técnica e velocidade dentro do Thrash Metal, mas pouquíssimos conseguiram chegar perto. O vocal de John Conelly é único até hoje. A bateria de Glen Evans é algo como que uma máquina de guerra perfeita e precisa, com viradas inteligentes muito bem encaixadas nas bases. As letras retratam bem a realidade da época com a famosa e famigerada Guerra Fria, a hipótese da terceira guerra mundial, o holocausto nuclear e todo aquele papo de fim do mundo, radiação e tudo o mais. Mesmo o tema sendo datado, este disco musicalmente continua atual, eterno e maravilhoso.
7 – METALLICA – Master Of Puppets
Qualquer um dos três primeiros disco do METALLICA poderiam entrar nesta lista de igual para igual com Master of Puppets, mas este é sem dúvida um disco diferenciado dos demais, por diversos motivos. A banda já era grande pra gigante, os caras já embolsavam uma boa grana, tocavam em festivais, os maiores do planeta, e mesmo assim preservavam a integridade da banda. Continuavam a boa e promissora banda Thrash Metal. Vários mitos sobre a banda persistiam, como as declarações de que nunca gravariam clips para a MTV, que não tinham planos para o futuro, apenas bebiam e tocavam. O visual era o clássico jeans surrado e camisetas velhas. E este disco foi o ultimo com o grande e inesquecível Cliff Burton. Musicalmente é um disco diferenciado dos demais, mas não sendo nem uma menção ao que seria lançado anos após com And Justice For All. Costumo dizer que Master Of Puppets é o disco mais escroto do METALLICA, e o melhor também, justamente por sua linha diferente de tudo o que vinham fazendo e fariam dali para frente. Olhando a contra-capa deste disco podemos ver claramente que eles não precisavam fazer com a banda, com eles mesmos e com os fãs o que fariam nos anos seguintes. Eles já arrastavam multidões de fãs fieis e alucinados pelo simples mencionar do nome da banda. Eles cresceram fazendo Thrash Metal, ficaram ricos neste estilo, não precisavam mudar. Seria Cliff Burton o “freio de mão” para as bobagens megalomaníacas dos demais membros? E com sua morte a “porralouquisse” tomou forma da mais promiscua festa da uva dentro da banda? Podemos sentir isso ouvindo e vendo o disco seguinte, o bom And Justice For All, daí em diante é o mais puro carnaval em forma de Rock ruim. Seria bom se a imagem que tivéssemos da banda fosse as fotos da época de Master Of Puppets, como aquela foto em que eles estão em frente à uma casa em ruínas e de costas.
8 – CARCASS – Reek Of Putrefaction
Um disco incompreendido na época e hoje totalmente cult. A gravação é horrível, os solos são pobres se comparados aos que sairiam em discos como Heartwork e Swansong, mas o que vale e muito aqui é a atitude, a irreverência, a podridão da capa. Então como ser tudo isso e ter um som limpinho, cristalizado? Reek Of Putrefaction tinha que ser escarrado e cuspido no mundo como foi. Reek Of... recebera a classificação de Grind Core, e do disco seguinte em diante (Symphonie Of Sickness), a banda receberia o estilo eath Metal em reveistas e material promocional. Um erro dos envolvidos com a banda, pois os próprios membros nunca se disseram nem um nem outro, sempre fizeram música pesada, sem rótulos. E esse foi o golpe de mestre dos caras, pois assim puderam evoluir dentro do que se propunham que era fazer música. Quem ouviu Reek Of Putrefaction e depois ouve Swansong não acredita que se trata da mesma banda, mas se ouvir todos numa seqüência notará uma evolução em todos os sentidos. Mas o disco em questão revolucionou o mundo da música extrema. Gerou o mais podre e repulsivo estilo no meio. Depois de “Reek Of...” um monte de capa com fotos de pessoas mortas, fraturas expostas, sangue, feridas abertas, carne, veias, etc... Surgia o Splatter, com nomes como PUNGENT STENCH, PATHOLOGIC NOISE, INTENSING AGONISING, FLESH GRINDER, etc...
9 – AC/DC – Back In Black
Já ouvi muita reclamação de muita gente quando digo que prefiro a fase Brian Johnson à fase Bon Scoth. Mas que argumento melhor posso ter para defender minha preferencia do que a de que o melhor disco do AC/DC é justamente o primeiro com Brian Johnson?
Após Back in Black a banda ficou mais pesada, mais Heavy Metal até. Os solos são muito melhores, as bases que foram desenvolvidas no Back in Black e nos discos posteriores são muito melhores do que na fase Bon Scoth. A banda deixou de lado a pegada mais Blues e tambem se tornou um gigante da música mundial, com turnês disputadissimas.
Se o AC/DC era uma banda admirada por muitos fãs pelo Mundo afora, com Back in Black a banda se tornou uma referencia musical, independente dos estilos. Tanto que artistas dos mais variados estilos tocaram covers da banda nas suas respectivas vertentes.
É bom deixar claro que sou fã de Bon Scoth e de sua fase. Grandes e incomparáveis clássicos surgiram com sua voz. O que defendo é o crescimento em todos os sentidos da AC/DC na fase pós Back in Black/Brian Johson.
Não é àtoa que todo ano Back in Black é relançado em CD e outros formatos e as vendas são astronômicas, as cópias se esgotam no Mundo todo. É um dos discos mais vendidos da história, ficando à frente de muitos medalhões do meio Pop. Com tudo isso, Back in Black é definitivamente o disco mais importante na historia da AC/DC e um dos mais conceituados da historia da música mundial.
10 – SLAYER – Reign In Blood
Para mim o primeiro disco de musica extrema. Uma referencia em termos de brutalidade e explosao musical e lírica. Quantos discos tiveram uma turnê mundial para tocá-lo na íntegra (Still Reigning - 2004)?
Quando se pergunta à qualquer fã do Slayer, o que ele diz de Reing in Blood, a resposta é praticamente sempre a mesma: SSSSLAAAAAAAAAAAYYYYEEEERRRRRRR!!!
É um disco que realmente mexe com os nervos de qualquer fã de música pesada, de qualquer apreciador de uma boa brutalidade em forma de música. Um disco excencial a qualquer coleção, um marco no desenvolvimento da música extrema mundial. Nas pesquisas em várias revistas e sites, Blogs e demais veiculos, Reing in Blood está sempre um dos discos mais ouvidos e sempre mencionados pelos entrevistados. Isso se falando de ouvintes de Heavy, Thrash, Death, Black Metal.
Não há como destacar um ou outro som nesse disco, a obra completa é um presente aos ouvidos. Mas a última faixa é a trilha sonora da entrada do Inferno. Mesmo uma banda qualquer tocando um cover de Reigning Blood gera uma comoção praticamente geral no público presente, basta as microfonias nos amplificadores começar, seguida das marcações na bateria para dar início às mais enfusivas manifestações de adoração e devoção do público à banda americana, e é como se eles mesmo estiverem no palco. O público parece esquecer que no palco está apenas uma banda tocando um cover, e passarm a vislumbrar Tom, Jeff, King e Lombardo. É o transe que a Diabolous in Musica do Slayer causa nos admiradores. E Reing in Blood é o expoente maior para esse estado de transe total.
11 – DEATH – Leprosy
Confesso que fiquei na dúvida se incluia o primeiro lançamendo do Death, Screaming Blood Gore, ou o Leprosy, seu segundo.
Se Screaming... tem sua importancia por ter sido o disco que divide o peso e responsabilidade de ser o precursor do Death Metal junto com o Seven Churches, da Possessed, Leprosy torna o Death uma banda cultuada no Mundo todo, os leva a turnês cada vez mais distantes de sua terra natal.
É em Leprosy que Chuck Schuldiner toma a sua decisão mais acertada, que é a de ter o Death como sua banda e trabalhar com músicos contratados. Isso depois de desavenças musicais e ideológicas com seus companheiros na época, principalmente Rick Ross. Decisão que se arrasta até o disco seguinte, Spiritual Healing, em que já não contava com Rick Ross na gutiarra solo e com o onipresente James Murphy.
Tenho Leprosy como um marco na vida breve e vitoriosa da banda. Disco 100% clássico. Mas o último em que Chuck utiliza dos temas Gore em suas letras e arte. Foi a época de amadurecimento do gênio chamado Chuck Schuldiner. Dali por diante o Death se tornaria um nome frequente no meio musical, orientando e influenciando tudo o que se originaria na sequencia em termos de Underground, Death Metal e se estendendo para outros estilos, como o Grind Core.
12 – SEPULTURA – Schizophrenia
Um marco na música brasileira. O disco em que o Sepultura pegou nome no cenário nacional e começava a despontar para o Mundo. No lançamento de Schizophrenia o Sepultura chegou a tocar com Venom, Exiter. E foi quando o guitarrrista Andreas Kisser fora integrado à banda, no lugar de Jairo Guedes.
A evolução musical da banda dos dois primeiros discos (Bestial Devastation e Morbid Vision) para Schizophrenia é gritante. A inclusão de Andreas foi determinante para essa evolução.
Mesmo com toda sua importancia, Schizophrenia é um disco de certa forma esquecido por muitos fãs. Noto que uma parcela de fãs do Sepultura idolatram o slpit com a Overdose (Bestial Devastaion) e seu primeiro disco, Morbid Visions. Outra léva de fãs idolatram Beneath The Remains e Arise. E há os fãs da época Chaos AD pra cá.
Essas divisões só fazem do Sepultura uma banda que em sua carreira consegue ser importante de alguma maneira.
Mas, sem Schizophrenia e a crescente que esse lançamento trouxe, certamente Max não teria feito a famosa viagem disfarçado para os EUA e fazer a história que hoje tem.
13- SEPULTURA -Beneath The Reamains
Com Beneath The Remains a Sepultura se torna o ícone mundial que é. Se torna o maior nome da música brasileira no planeta. Vira referencia e influencia pra 99% das novas bandas de Metal Mundo àfora. Clássicos absolutos e eternos são apresentados nesse sensacional disco. Chegam ao ápice de sua criação. Detonam em turnês cada vez mais estensas e abrangendo lugares nunca antes imaginados por alguma banda de Metal. Batem recordes de vendas de discos em todas as listas de avaliação. Levam o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo, tocando pra multidões ávidas por sua música.
Lembro de uma comentário, na época em que quando se falava em Brasil os nomes que vinha à mente dos gringos eram Pelé, Amazonia e Sepultura. Alguem pode até não gostar de Mdetal, Rock 'n' Roll num geral, pode até achar a música do Sepultura um barulho desgraçado, mas não reconhecer a sua importancia para o música brasileira é no mínimo desconhecimento de música e do planeta em que vive. Nunca Tom Jobim Caetano Veloso, Gal Costa, Ivete Sangalo, Claudia Leite e esses aí fizeram ou farão turnês mundiais com ingressos esgotados em todos os shows, isso dia após dia. Nunca esss nomes fizeram mais que alguns meros shows minguados fora do Brasil, e na sua maioria em festivais. O Sepultura chegou ao patamar de gigantes como MetallicA, Slayer, Megadeth, Iron Maiden, KISS, AC/DC, etc...
Goste ou não goste, torça ou não seu nariz, essa é a realidade, é fato!
14 – AGATHOCLES – Theatric Simbolisation Of Live
Disco que orientou toda uma cena Grind Core mundial. Lançado no Brasil em vinil duplo, pela Hellion Rec., Theatric... é um disco importantíssimo para mostrar que o Grind Core não era só Napalm Death e seus projetos paralelos, existia outra cena rolando.
O Agathocles mostrou em toda sua trajetoria que pode-se ser Underground e tomar conta do planeta. Lançando uma ininidade de material em todos os formatos imagináveis e disponíveis a banda belga faz parte das listas de todos apreciadores de música exterma mais puxada para o Hard Core e o Punk. Também reforçou de maneira consistente os principios Anarqusitas no meio. Espandiu o comportamento de Do It Yourself (Faça Voce Mesmo), e abriu o interesse em muita gente em lançar gravadoras nanicas e extremamente Undergrounds, especializadas em bandas desconhecidas do grande publico. Todo mundo queria ter um split 'alguma coisa' com o Agathocles.
Se para muitos o terceiro CD da banda é seu melhor lançamento, esse primeiro é de suma importancia pelo que causou no meio Underground na época. Compilando faixas inéditas no inicio do CD, e um LP, no caso do duplo brasileiro, e outro restante do CD e o segundo LP brasileiro, com seus primeiros splits e lançamentos, Theatric... tras uma possibilidade também para as bandas pequenas. Coisa antes feita só por medalhões da música.
15 – ROT – Cruel Face Of Live
Essa banda em sua essencia tem importancia tremenda para o cenário Underground brasileiro. A Rot surgiu e orientou todo um cenário distorcido e perdido, dominado por um estilo que praticamente só existiu no Brail, o Satanic Grind Core. A Rot veio dizendo que o Grnd Core provem do Hard Core, e o Hard Core do Punk. Não tinha nada a ver misturar o satanismo de umas vertentes do Metal com os contextos e musicalidade do Punk e Grind Core.
Primeiro CD de uma banda brasileira legitimamente Grind Core, Cruel... tras letras de cunho filosófico, sarcastico, irônico, de protesto ferrado e apresentando uma arte subjetiva, o que se tornou marca na carreira dessa banda influente.
16 – IMPETIGO – Ultimo Mondo Cannibale
Claramente influenciados por bandas como Death, Necrophagia, os filhos de Ohio e comedores de queijo, lançam um disco que seria um marco na constituição do cenário Gore no meio mais Underground. O Impetigo saia do som mais Punk Rock, para uma pegada mais obscura e mórbida. Cheio de vinhetas e passagens de filmes de terror B, Ultimo Mondo... virou referencia para omeio Gore mundial, uma infiidade de bandas utilizaram dos mesmos recursos, em alguns casos até esquecendo um pouco de incluir músicas, e se prendendo mais em partes de filmes em seus lançamentos. O Impetigo soube muito bem como dosar esse recurso.
Vejo que se de um lado tivemos o Carcass com Reek Of Putrefaction e Symphony Of Sickness, também tivemos num patamar mais Cult e calcado no contexto de zumbis, monstros e seguindo a linha de filmes de horror de qualidade duvidosa, o grande Impetigo.
17 – GODFLESH – Street Cleaner
Esse é um disco que mudou todo um andamento da música feita até então. Justin Broadrick, havia deixado o Napalm Death, e seguindo o que todos ex membros do N.D., fundou uma banda com sonoridade totalmente diferente da sua ex banda.
Street Cleaner traz uma maneira de fazer o Industrial que acabou influenciando até mesmo a ex banda de Justin com o passar do tempo. Muitas bandas adquiriram elementos minimalistas e barulhentos desenvolvidos pelo Godflesh. Sendo esse fortemente influenciado por bandas como Sisters of Mercy e outras, a Godflesh foi um impacto para o cenário de então. A grande maioria das bandas emergentes até então se dizeiam 'alguma coisa' Industrial, ou Industrial 'alguma coisa'.
Não sei se por influencia do meio da época, originado certamente por Street Cleaner, mas algumas bandas surgem fazendo sons no estilo, como a Ministry, Skinny Puppy e até Fear Factory, Treponem Pal e Candiru. Até Jello Biafra se rende à pegada Industrial no projeto junto com o Ministry, chamado Lard.
Alguem pode até dizer que muitas dessas bandas nãot em nada a ver com o som do Godflesh,e até concordo, mas o que comento aqui é a importancia do lançamento em questão, e dele por diante as mudanças do meio musical mais Underground.
18 – PINK FLOYD – The Wall
19 - FEAR FACTORY - Dehumanufactory
segunda-feira, 6 de junho de 2011
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