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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Reza a lenda


Há histórias que chegam a nós em varias situações de nossas vidas. Seja em rodas de conversas, lendo revistas, sites, etc. Com o tempo nos perguntamos se eram verdade ou não passaram de boatos e viram lendas nas nossas cabeças. No campo da música há tantas dessas lendas, que tem hora que nos passamos até por mentirosos quando contamos algo e alguém busca informações na internet e não acha. Essas buscas por veracidade nos sites nem sempre é o mais confiável. Há muitas informações que se perderam em fitas de vídeo VHS, em fitas cassete e em revistas lançadas há décadas.

Lembro quando o Metallica lançou And Justice For All..., em 25 de agosto de 1988. Quando ouvimos a música One, todos meus amigos notaram uma diferença na forma de compor as linhas de bateria de Lars Urich, e surgiu uma história em algumas revistas da época de que Lars estava tendo aulas com o baterista da banda canadense Rush Neil Peart. E de presente ao ilustre aluno, Peart escreveu em partitura as linhas de bateria que Lars deveria seguir em One.

Uma das histórias mais bizarras no mundo da música envolve o guitarrista da banda Rolling Stones, Keith Richards. Reza a lenda de que ele chegou a cheirar um pouco das cinzas de seu próprio pai que fora cremado. Após o ocorrido, Keith haveria jogado o resto das cinzas de seu genitor ao mar.

No Brasil uma das mentiras mais cabeludas envolve a banda Secos & Molhados e a americana KISS. Segundo membros da banda brasileira, suas maquiagens serviram de inspiração para idealização da imagem da banda americana. O que não passa de pura e descabida invenção. Uma vez que os empresários da banda KISS não tinham condições financeiras pra viajarem ao México para aventurarem assistir à uma única apresentação dos Secos & Molhados, a KISS era sua última investida no ramo da música, após alguns contratos mal sucedidos. E um detalhe que os músicos brasileiros não se atentaram é que na década de 1970 as informações eram precárias. A própria KISS, com toda sua campanha de marketing, que chegou a ofuscar até as campanhas dos Beatles em investimentos e alcance, só foram chegar ao Brasil em meados dos anos 70. E só chegaram a ser capa de uma revista brasileira em 1976. Portanto a apresentação que a Secos & Molhados fez numa cidade do México não surtiu o menos efeito no mundo da música de Nova York.
Maiores informações sobre esse assunto em: http://charliecurcio.blogspot.com.br/2009/08/meus-textos-minhas-ideias.html